Com uma seleção de mais de 30 textos realizou-se no dia 13 de dezembro de 2009 o Sarau de encerramento da 2ª. Edição do Tantas Letras./2009
O evento foi aberto com as falas dos coordenadores, Tarso de Melo e Reynaldo Damazio, que falaram da importância do projeto, da riqueza e das boas surpresas que resultam dessa construção/criação livre e coletiva.
Aconteceu na Câmara de Cultura Antonino Assumpção, em dois espaços, conforme segue: em um salão as cadeiras foram distribuídas de modo a formar um palco entre duas platéias, uma de frente para a outra; em uma sala próxima foi instalado um varal de exposição dos textos lidos e alguns não lidos; um texto não lido foi exposto numa parede em forro de cetim roxo, elemento sugerido pelo conteúdo do texto.
Nos dois espaços, as velas e a predominância da cor roxa deram um toque especial a ambientação.
Com relação a apresentação dos textos, cada um se apresentou conforme sua escolha: houve textos lidos pelos próprios autores, alguns por outros leitores e algumas performances.
Os textos iniciaram falando da dificuldade de escrever (Papéis Avulsos I – Bloqueio) passando pelos temas do amor (Bloco I – E sobre o amor...), da memória (Bloco II – Lembranças e Retratos da Memória), pelas nuances de luz e sombra nos subterrâneos do universo humano (Bloco III – Luz e Sombra), e sobre o diálogo com outras obras no exercício de Imitar até Inventar (Bloco IV), tema do último bloco.
Os títulos que foram utilizados no início de cada bloco foram aqueles dos exercícios de poesia, os textos de prosa foram compondo conforme a proximidade dos temas. Os textos de crítica entraram na apresentação de cada bloco e nos intervalos entre um bloco e outro, estes sob o título de Papéis Avulsos.
Os Papéis Avulsos nomearam aqueles textos que não se incluíram em alguns dos blocos, complementando assim o leque da produção das três oficinas: poesia, prosa e crítica literária
Os leitores e ouvintes misturaram-se sem divisão entre palco e platéia, cada autor levantava e lia o seu texto seguindo o roteiro planejado, numa seqüência contínua intercalada pelos aplausos.
No geral os textos mantiveram a atenção dos ouvintes em um clima em que a cadência das palavras traziam um repertório de imagens em contrastes de cores, vozes e sonoridades. Favorecendo a coerência, a diversidade e o ritmo da apresentação, destacaram-se os versos de cordel e a leitura em três vozes do poema Acorda Maria.
Para registrar o momento de fruição vale ressaltar a fala de um ouvinte, nos bastidores, ao final do evento: “me senti como se estivesse degustando os textos”.
Encerrando o sarau, o momento de “degustação” foi transferido para a mesa “dos comes e bebes”, providenciada e compartilhada pelos participantes/autores/leitores.
